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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal o senador Fernando Bezerra Coelho pelo recebimento de propina de pelo menos R$ 41,5 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, contratadas pela Petrobras para a execução de obras da Refinaria do Nordeste ou Refinaria Abreu e Lima. 

A denúncia, apresentada nesta segunda-feira, 03, também acusa os empresários Aldo Guedes Álvaro, então presidente da Companhia Pernambucana de Gás, e João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, de serem os operadores que viabilizaram o repasse da propina.

Na época dos crimes, entre os anos de 2010 e 2011, Fernando Bezerra Coelho exercia os cargos de secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, ambos por indicação do então governador de Pernambuco Eduardo Campos. 
Segundo Janot, o pagamento da propina foi realizado pelas construtoras no âmbito de esquema de corrupção relacionado à Petrobras, intermediadas pelo então diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. 

Em grande parte, conforme explica, as quantias se destinaram à campanha de reeleição de Eduardo Campos ao Governo de Pernambuco em 2010.
As investigações descobriram 17 operações sob o disfarce de doações eleitorais "oficiais". 

Em nota, o advogado André Luís Callegari, responsável pela defesa de Bezerra Coelho, reclamou de um suposto vazamento da denúncia da PGR e disse que ainda não teve acesso à peça judicial.

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