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Detentos do presídio de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, seguem livres dentro dos pavilhões e ainda ocupam os telhados da detenção na manhã desta terça (17). O governo do Estado afirma que vai reformar o presídio para construir um muro separando as duas facções que controlam o local.

Nesta segunda (16), policiais militares entraram no presídio e retiraram cinco homens que, segundo o governo do Estado, lideraram o massacre que matou 26 presos no último sábado (14). Eles foram transferidos. O governo do Estado, no entanto, não revelou qual foi o destino.

A maioria dos mortos pertence ao Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte, facção criminosa que domina a maioria dos presídios do Estado. O Sindicato é uma dissidência do PCC (Primeiro Comando da Capital) surgida por volta de 2012 da qual todas vítimas faziam parte. A detenção está dividida em dois setores. Em um lado estão detentos do PCC e do outro, do Sindicato do Crime.

O secretário de Justiça e Cidadania do Estado, Wallber Virgulino, afirmou nesta segunda que a polícia controla o presídio com agentes nas guaritas, mas reconheceu que a situação da estrutura é precária. "Os pavilhões estão destruídos e eles sobem nos telhados para tentar se defender", disse.

Segundo ele, a intenção do governo é construir um muro para separar as duas fações. "No atual momento de crise, e com a superlotação, não podemos nos dar ao luxo de fechar uma unidade prisional no Rio Grande do Norte", afirmou.

As celas controladas pelo PCC estão quebradas ao menos desde 2015. Do lado de fora, policiais da Força Nacional seguem fazendo a segurança no entorno. "A guerra só vai acabar quando tirarem o PCC sair daqui, do presídio e do estado. Isso não vai ficar assim. Nós vamos atacar", gritou um preso que estava no telhado para a reportagem da Folha.

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