Resumo de hoje —
O novo áudio que põe a delação da JBS em xeque. As consequências da anulação do acordo. A atuação suspeita de um ex-procurador. A situação delicada de Janot. O impacto político. E outras coisas mais.
Delação em xeque
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, convocou jornalistas às pressas na noite de ontem para anunciar a abertura de uma investigação que poderá invalidar as delações premiadas firmadas pelos donos e executivos da JBS. / folha
Revelação 1
A reviravolta se deu pela descoberta do áudio de uma conversa entre Joesley Batista, um dos donos da JBS, e Ricardo Saud, lobista da empresa. A gravação mostra que os delatores não confessaram todos os seus crimes, condição para terem benefícios penais. / estadão
Revelação 2
O mais grave, porém, é a sugestão de que Marcelo Miller atuou pela JBS quando ainda estava no Ministério Público, na equipe de Janot. Até então, sabia-se que o ex-procurador havia deixado o cargo para atuar como advogado do frigorífico. / o globo
Reação oficial
Alvo de uma denúncia de corrupção já enterrada pela Câmara, Temer tem atacado o procurador-geral, a quem acusa de perseguição. Ontem, a defesa do presidente afirmou que o novo áudio “muda tudo” e sugeriu que Janot desista da segunda denúncia contra seu cliente. / estadão
Outras citações
Na entrevista a jornalistas, Janot afirmou que integrantes do Supremo também são citados na conversa de Joesley e Saud. / dominio
Prova involuntária
O áudio em questão foi entregue ao Ministério Público pela JBS em 31 de agosto, como complemento da delação fechada em março. Por ora, tudo indica que os advogados queriam mostrar provas contra o senador Ciro Nogueira e revelaram a conversa de Joesley e Saud involuntariamente. / folha
fique atento a isto —
Olimpíada na Lava Jato
Policiais realizam na manhã de hoje operação para investigar suspeitas de compra de votos para eleger o Rio como sede dos Jogos 2016. Entre os alvos estão Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, e o empresário Arthur Soares Filho. / o globo
Agora vai?
Líderes partidários fecharam ontem um acordo que prevê o início da votação da reforma política na Câmara. A ideia é que os deputados aprovem hoje a cláusula de barreira, que dificulta a atuação de partidos pequenos, e o fim das coligações. / valor
fonte:Nexo