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Crise diplomática?

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai precisar botar o pé no freio nos arrobos para agradar Tio Sam. Nem tomou posse e já está envolto num quiproquó diplomático. Os jornais do Sul, já não tão maravilha, noticiam que o governo de Catar no Egito não gostou de comentários do presidente eleito sobre a transferência da Embaixada Brasileira de Tel Aviv, na Palestina,  para Jerusalém, estado de Israel. 

A retaliação foi sentida pela comitiva brasileira, encabeçada pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, cancelada nesta quinta-feira (5) a dois dias da chegada ao país africano.  Segundo diplomatas ouvidos pelo jornal Folha de São Paulo, a estadia e os compromissos agendados entre os dias 7 e 11 de novembro foi cancelada.  Um grupo de empresários brasileiros que iria participar das agendas agora canceladas já havia inclusive chegado ao Egito.

Há o temor de que, se Bolsonaro seguir os passos do presidente Donald Trump e também reconhecer Jerusalém como capital de Israel, o Brasil possa sofrer retaliações comerciais dos países árabes, que, somados, configuram o segundo maior comprador de proteína animal brasileira — as exportações para estes países somaram mais de US$ 13,5 bilhões. No último sábado (3), o Catar emitiu um comunicado por meio do seu Ministério de Relações Exteriores pedindo que Bolsonaro não efetive a transferência da embaixada para Jerusalém.

De acordo com dados disponíveis no portal do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em 2017, as exportações brasileiras para o Egito somaram US$ 2.417.986.425, quase seis vezes mais do que as exportações para Israel, US$ 466.008.970.

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