Após duas condenações do Brasil pelo tribunal de direitos humanos -a primeira em 2010, pelo desaparecimento de 62 pessoas na Guerrilha no Araguaia, a segunda agora, referente a Herzog-, o MP passou a ter a posição de que esses casos deveriam ser levados pela Justiça. "Crimes cometidos por agentes do estado fizeram parte de um ataque sistemático contra a população. São crimes de lesa humanidade. Isso foi confirmado pela sentença da corte. Por isso, esses crimes não são suscetíveis à prescrição e à anistia", informou o MP.
O Ministério Público também propôs 36 ações penais em diversas regiões do país, referentes a diferentes casos de repressão. Em 25 de outubro de 1975, Herzog apareceu morto em uma cela do Doi-Codi, órgão da repressão do governo militar. A versão oficial dizia que o jornalista havia cometido suicídio, enforcando-se com um cinto de macarrão de presidiário. Várias evidências, porém, apontam que o jornalista foi torturado e morto por agentes militares.