Um alarme disparado pouco depois da meia-noite mobilizou policiais federais até a residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. Segundo relatório da Polícia Federal, embora a pulseira da tornozeleira eletrônica estivesse intacta, o case do dispositivo apresentava sinais claros de violação, indicando possível tentativa de manipulação do equipamento.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Bolsonaro aparece conversando com a policial responsável pela verificação. Ele afirma que não tentou romper a tornozeleira, mas admite ter usado um ferro de solda no aparelho, alegando que teria apenas manuseado o equipamento por curiosidade ou para tentar ajustá-lo. Para os agentes, porém, o uso da ferramenta é interpretado como ato de adulteração, o que configura violação direta das condições de monitoramento impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo a PF, a tornozeleira violada foi trocada por uma nova.
A PF deve anexar o episódio aos autos do processo que embasa a prisão preventiva do ex-presidente. O incidente, somado às recentes movimentações consideradas de risco, foi apontado como um dos fatores decisivos que levaram o ministro Alexandre de Moraes a decretar a prisão preventiva de Bolsonaro, sob argumento de risco à ordem pública e possível tentativa de obstrução das medidas judiciais.
