OAB critica indicação do pastor Marco Feliciano para Comissão Nacional dos Direitos Humanos

Pressão dos manifestantes contra indicação do pastor Marco Feliciano inviabilizou a votação

OAB critica indicação

O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, disse hoje que não entende o motivo da indicação de Feliciano para presidir a comissão.

- É difícil entender a nomeação de alguém que despreza e hostiliza os principais temas relativos a uma política de direitos humanos, que se queira efetivada com um mínimo de seriedade - disse Damous.

Para ele, a indicação do parlamentar do PSC foi “um duro golpe, sobretudo nos esforços, que hoje se desenvolvem, de apuração dos crimes cometidos pela ditadura militar”. O advogado lembrou também que “a cultura do loteamento não deveria prevalecer numa área tão sensível e tão incompreendida por boa parte da sociedade brasileira”.

Opinião

Cinismo cruel

12 JEAN WYLLYS, 6/03/13

Esse fato não é escandaloso --e eu não me oponho a ele-- pelo simples fato de ele ser pastor. Se o deputado Marco Feliciano fosse um pastor identificado com a garantia dos direitos humanos e da dignidade das minorias estigmatizadas, não haveria problema algum e eu não faria qualquer oposição.

Acontece que o deputado Marco Feliciano é um inimigo público e declarado de minorias estigmatizadas e tem um discurso público que estimula a violação da dignidade humana desses grupos.

Que o deputado Marco Feliciano seja o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara é uma contradição: é como colocar à frente das políticas contra a violência de gênero um cara que bate na mulher

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