Bruna Sensêve - Diários Associados
Na contramão do mundo, Brasil amarga aumento no número de casos de HIV, ao mesmo tempo em que registra um aumento
no número de infectados,
o Brasil adota tratamentos considerados de ponta por especialistas e impulsiona o combate à Aids em países da América Latina.
o Brasil adota tratamentos considerados de ponta por especialistas e impulsiona o combate à Aids em países da América Latina.
Mais de 35 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV no mundo,
anunciou, neste ano, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre
HIV/Aids (Unaids). O número de novos casos caiu 33% nos últimos anos, de
3,4 milhões em 2001 para 2,3 milhões em 2012. Na mesma direção, o
número de mortes reduziu de 2,3 milhões em 2005 para 1,6 milhão no ano
passado. Na contramão dessas taxas, o Brasil amarga um aumento no número
de infectados. Em 2011, foram registrados 38.776 casos, o maior desde a
descoberta da doença, segundo o mais recente boletim epidemiológico do
Ministério da Saúde.
A perigosa estabilidade é observada nos três anos anteriores: 37.359, 38.188 e 38.529, respectivamente. O número de óbitos também encontrou ameaçador equilíbrio, com cerca de 12 mil mortes pela doença desde 2009. A taxa só é menor que a registrada em meados da década de 1990, antes do coquetel de antirretrovirais ser oferecido no atendimento público de saúde. Os dados não chegam a anunciar uma segunda epidemia da doença, apesar de se aproximarem dos números que causaram tanta comoção na época em que a Aids eclodiu no mundo ocidental.