O que tem em comum líderes mundiais, criminosos e celebridades?
Uma grande investigação mundial divulgada pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ) pode responder a essa pergunta.
Os jornalistas descobriram que algumas pessoas desses grupos usam empresas offshore para lavar dinheiro ilícito em mercados internacionais.
Uma dessas empresas pode ter fornecido combustível para jatos do governo sírio.
Esporte e offshore
Entre os principais líderes mundiais suspeitos estão o atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, o primeiro-ministro da Islândia Sigmundur Davíð Gunnlaugsson, e o presidente da Ucrânia Petro Poroshenko.
Até o craque argentino Lionel Messi é acusado de usar desse tipo de conta no exterior para aplicar dinheiro.
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Outros documentos mostram detalhes de como o círculo íntimo do presidente russo Vladimir Putin se tornou rico. Um amigo próximo de Putin, Sergei Roldugin, é acusado de estar no centro de um esquema em que o dinheiro dos bancos estatais russos está escondido em offshore.
Provas
O escritório de advocacia Mossack Fonseca, com sede no Panamá, onde os documentos foram extraídos, confirmou a autenticidade dos papéis.
Ramón Fonseca Mora, co-fundador, disse que foram copiados de forma ilícita, através de hackers.
Os documentos divulgados ligam pelo menos 12 lideranças mundiais e 143 outros políticos a transações financeiras ilícitas.
Brasil
A Mossack Fonseca tinha operado sem levantar suspeitas até que investigações brasileiras na Operação Lava Jato denunciaram o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e Idalécio de Oliveira, empresário português, de utilizarem off-shore ilicitamente.
Mossack Fonseca nega qualquer irregularidade no Brasil. Cunha negou acusações contra ele e, recentemente, disse a repórteres: "Eu não estou preocupado ... Vou continuar a trabalhar.".
Veja aqui a reportagem original.