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"Inimigos, inimigos, negócios à parte."
Monteiro Lobato


Carlos Bolsonaro e Gustavo Bebianno, antes amigos...

Facadas...

A disputa vencida por Carlos Bolsonaro, devolvendo Bebianno ao ostracismo, embute algo muito poderoso. Dizem que o cerne da disputa era a comunicação do governo. Sem nada para fazer em Palácio, Bebianno se tornou um problema para o clã Bolsonaro. O estopim foi a audiência marcada com o representante da Globo. Isso, para o presidente, foi como uma segunda facada.

Barata tonta

Diz-se que Bebianno não fazia nada, pois o cargo ocupado por ele era a Secretaria-Geral da Presidência, cujas funções estão reunidas em bonitos e inócuos substantivos. A saber: acompanhamento, orientação, elaboração, definição, coordenação, monitoramento...

Amor e ódio

O ódio de Bolsonaro (clã) à Rede Globo, que antes era esconso, foi revelado por Bebianno. Com efeito, o ex-ministro mostrou por aí um áudio de Bolsonaro (Jair) criticando o demitido pelo fato de receber em audiência um representante da emissora: "- Está colocando em casa nossos inimigos?" Ora, inimigo? O presidente está vendo focinho de porco em tomada (efeito da morfina?). Basta lembrar que eram os opositores dele que criticavam a Globo. De modo que, se os petistas é que odiavam a emissora do Jardim Botânico, por que a ira dos Bolsonaro? Ao que nos parece, o motivo é apenas simbólico: escolhe-se alguém para adorar, da mesma forma que alguém para odiar. Aliás, é bem o momento de ponderar que, ao receber críticas de Bolsonaro, tendo antes sido objeto da raiva da esquerda, a Rede Globo ganhou o atestado de isenção. Com efeito, não adular nem A, nem B, é o melhor dos qualificativos para um jornalismo sério.

Estranhíssimo

Como se viu, logo após o bilhete azul, o presidente da República gravou um vídeo elogiando o demitido. Seria algo como aquela "carta de referência" que se dá ao demitido, dizendo que ele é ótimo, blábláblá. Se era tão bom, por quê, então, o demitiu? A hipocrisia das mencionadas missivas fica na letra de forma, enquanto Bolsonaro viu-se forçado (?) a falar isso ao vivo e em cores. E a pergunta que fica é: por quê?

Para bom entendedor...

A demissão de Bebianno é um recado claro para o primeiro, segundo, terceiro, quarto, etc. escalão do governo: não se meta a besta com os pimpolhos do presidente.

Piada numa hora dessas?


Como se diz por aí, Bebianno tirou o posto do astronauta Marcos Pontes: foi o primeiro ministro a ir para o espaço...


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