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Segundo pesquisadores, passo ajuda a analisar mutações e a desenvolver vacinas


27.fev.2020 às 18h06
Ana Estela de Sousa Pinto
BRUXELAS


Pesquisadores do hospital Sacco, de Milão, anunciaram que isolaram a cepa do coronavírus Sars-CoV-2 que circula no norte da Itália e afirmaram que ela é diferente da chinesa, segundo o jornal italiano Corriere della Sera.

O diretor do Instituto de Ciências Biomédicas, Massimo Galli, afirmou que foram isolados vírus autóctones (cuja transmissão é feita dentro de uma comunidade, e não vinda de outro lugar) de quatro pacientes.

A descoberta vai permitir decifrar o código genético desse tipo específico de vírus e estabelecer o tempo e a amplitude de sua transmissão, passos necessários para desenvolver uma vacina, segundo o pesquisador.

Em Bruxelas, a ECDC (agência europeia de controle de doenças) afirmou nesta quinta-feira (27) que dados sobre origem e transmissão do coronavírus são fundamentais para analisar os riscos de infecção e tomar decisões de política pública, como restringir a mobilidade ou fechar escolas e cancelar eventos.

A agência, porém, não comentou na noite de quinta (27) se o isolamento da cepa italiana pode alterar os atuais modelos usados nessas previsões. Segundo a ECDC, há 474 casos de infecção pelo coronavírus na Europa, dos quais 14 resultaram em morte.

O isolamento do Sars-CoV-2 italiano é importante porque permite verificar se hámutação. Segundo os pesquisadores, isso pode acontecer inclusive no sentido de reduzir a agressividade do coronavírus.

Caso se verifiquem mutações, isso pode significar também que o vírus está se adaptando à espécie humana e se tornando endêmico, segundo os pesquisadores.

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