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Em um apelo à unificação nacional de ações contra a Covid-19, o conselho que reúne os secretários estaduais de Saúde pediu que as medidas contra a circulação e aglomeração de pessoas sejam endurecidas em todo o país . O grupo lista ações como a adoção de toque de recolher nacional, o fechamento de praias e bares e a criação de barreiras sanitárias nacionais e internacionais. Entre os pedidos também está a decretação de lockdown em regiões com mais de 85% de ocupação de leitos.

O comunicado é uma resposta ao agravamento da doença — O GLOBO mostrou hoje que a maioria dos estados está com seus sistemas de saúde em colapso. No texto, os gestores estaduais pedem a reunião de autoridades em torno de um “Pacto Nacional pela Vida”. Sem acreditar em participação ativa do governo federal, o grupo direcionou o apelo ao Congresso Nacional.

Em paralelo: governos estaduais voltam a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para implementar ações contra a Covid-19. A Corte já determinou que o Ministério da Saúde retome o custeio de leitos em três estados. São Paulo quer ainda que o STF obrigue a pasta a fornecer agulhas e seringas para a vacinação. E a Bahia deseja autorização para aplicar vacinas que ainda não receberam aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O que está acontecendo: a condução da pandemia gera novas divergências entre autoridades do país. Hoje, governadores de 17 unidades da federação acusaram Bolsonaro de distorcer informações sobre repasses com objetivo de atacar governos locais. Claudio Castro, governador em exercício do Rio, assinou a declaração conjunta e acusou o presidente, seu aliado, de “criar confusão”.

Ações a caminho: os estados também pressionam pela renovação do auxílio emergencial. O governo definiu, com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, que o programa será renovado para quatro parcelas de R$ 250. O custo é estimado entre R$ 28 bilhões e R$ 30 bilhões. E mais: o governo vai autorizar repasses adicionais de R$ 10 bilhões para ajudar estados e municípios nas ações contra a pandemia.

O que foi dito: Bolsonaro, que chegou a dizer que a Covid-19 não mataria mais de 800 pessoas e a anunciar em dezembro que a pandemia estava no “finalzinho”, declarou hoje que não errou nenhuma previsão sobre o coronavírus.


Fonte:O Globo

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