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Equipe de voluntários médicos do Hadassah Medical Organization cuidam de criança ucraniana ferida. (Foto: Hadassah International)


Milhares de ucranianos passam todos os dias por Przemyśl, cidade da Polônia que faz fronteira com a Ucrânia, buscando abrigo contra os ataques russos. Em sua grande maioria, os refugiados são mulheres, crianças e idosos que precisam de assistência médica após passarem dias fugindo dos bombardeios, já que os homens são obrigados a permanecer no país e atuar nas forças de defesa da guerra.

Identificando a crise humanitária na região, médicos israelenses, voluntários do grupo Hadassah Medical Organization (organização médica de Israel com tradição em cuidados médicos e hospitalares, ensino e pesquisa) instalaram um hospital de campanha para poder atender os refugiados. Um time inicial de médicos da organização veio à Polônia e se encontrou com os diretores de um grande hospital universitário polonês, próximo à região de fronteira, e começou a treinar equipes para lidar com um conflito dessa proporção baseando-se na experiência que tiveram nos centros de trauma do Hadassah.

No último dia 15 de março, um novo contingente de médicos e enfermeiros especializados em pediatria e clínica médica chegou ao campo de refugiados para reforçar o atendimento. Vindos dos hospitais Hadassah de Jerusalém, o novo grupo trouxe 170 quilos de medicamentos para conseguir oferecer cuidados de longo prazo na área e continuar o treinamento da equipe local.

O diretor executivo do Hadassah International, Jorge Diener, que contraiu Covid no local, aponta que um dos muitos desafios nas linhas de frente do hospital de campanha é ajudar os refugiados não só física, mas também emocionalmente. “Os refugiados chegam à clínica na fronteira emocionalmente devastados, com problemas de saúde que não puderam tratar enquanto fugiam mas também com o trauma que sofreram. Amenizar um pouco desse sofrimento também faz parte de nosso dever”, explica o diretor.

Apesar das dificuldades, muitas pessoas já foram ajudadas. É o caso de uma mãe ucraniana diagnosticada com câncer de mama, que chegou à clínica segurando a filha de 14 anos com uma mão e se apoiando em sua bengala com a outra. Além do tratamento, a equipe de Hadassah ajudou mãe e filha a encontrarem um novo lar distante dos conflitos.

Outro exemplo é o de uma mãe que teve que fugir às pressas do bombardeio em sua cidade natal e não teve tempo de reabastecer a medicação que a filha toma para evitar que sua fibrose cística se tornasse fatal. A doença afeta vários órgãos do corpo, muitas vezes dificultando a respiração e causando infecções respiratórias, e mãe e filha ficaram cinco dias na estrada sem o remédio. Chegando ao centro de refugiados, a situação da menina estava crítica, mas os médicos e enfermeiros conseguiram salvar a vida dela.

André Lajst, cientista político e presidente executivo da StandWithUs Brasil, considera essencial o apoio dos médicos israelenses nesse momento crítico. “Israel é referência em tecnologia e seu conhecimento na área da saúde é muito avançado e atualizado. Contar com a expertise de profissionais israelenses no hospital de campanha com certeza é uma forma importante de prestar socorro aos refugiados que sofrem com crise humanitária na região”, aponta o especialista.

fonte:
E-mail: laura@artpresse.com.br



Israel tem um histórico de ajuda humanitária há anos, e a equipe médica das Forças de Defesa de Israel foi reconhecida pela ONU como uma das melhores do mundo. Em casos de grandes desastres naturais, as delegações israelenses sempre são uma das primeiras delegações a chegar em grande escala para prestar socorro – foi esse o caso durante o terremoto no Haiti, em 2010; no tufão que assolou as Filipinas em 2013; e no terremoto no Nepal, em 2015.




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