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O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou nesta quarta (4/1) a criação da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, que trabalhará em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, de Marina Silva.

Segundo Alckmin, a agenda é prioritária para assegurar a competitividade da produção brasileira no mercado internacional.

O foco em economia verde atende uma demanda da indústria.

Ontem, a CNI entregou ao vice-presidente um plano com 14 ações para os primeiros 100 dias de governo, entre elas “elaborar e comunicar claramente as medidas específicas a serem tomadas para implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira” e aprovar a lei que regulamenta o mercado de carbono.Em epbr: PL do mercado de carbono passa em comissão com emendas do agro

Em seu discurso de posse como ministro nesta quarta, Alckmin afirmou que o Brasil pode ser protagonista na descarbonização da economia global, com investimentos em inovação.

E disse que a sociobiodiversidade será o ponto de partida da nova política industrial.

“É imperativa a redução da emissão de gases de efeito estufa, no estabelecimento de uma política de apoio a uma economia de baixo carbono, privilegiando tecnologias limpas e dando início a um processo de acesso produtivo eficiente, seguro e sustentável”.

A nova secretaria irá explorar frentes como energias renováveis, hidrogênio verde e mobilidade, de olho na atração de investimentos internacionais.

"Economia verde é duplamente importante. Primeiro, porque o Brasil pode sofrer sanções nas suas exportações por desmatamento. (...) Então, é importante, de um lado, a agenda ambiental, a agenda contra a mudança climática, para evitar que o Brasil sofra retaliação. Que haja protecionismo utilizando a questão climática", comentou o ministro.

"De outro, uma grande oportunidade para o Brasil atrair investimentos. Energia limpa, energia verde, bioeconomia, novos produtos, a biodiversidade que o Brasil tem... o biodiesel", completou.

No caso do hidrogênio, por exemplo, o Brasil já vem atraindo diversos acordos de intenções de investimento para instalação de projetos bilionários em portos. Mas falta regulação.

Mercado de carbono, eólicas offshore, corredores para gás e biometano e novos combustíveis, como diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF, em inglês) são outros projetos com potencial de alavancar a economia brasileira, ainda pendentes de um marco legal.

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