ESPIONAGEM NO GOVERNO BOLSONAROA Polícia Federal afirma que o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) integrou organização criminosa que monitorou ilegalmente pessoas e autoridades enquanto comandou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o governo Jair Bolsonaro. Ramagem, sete policiais federais e três servidores da Abin foram alvos de operação, que investiga espionagem usando o programa israelense FirstMile. Segundo a PF, a estrutura paralela tinha quatro núcleos.► A PF queria o afastamento de Ramagem, mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes. Agentes apreenderam seis celulares e quatro notebooks em seu apartamento. O deputado mantinha um celular e um computador da Abin, mesmo não tendo mais vínculo com o órgão.► As investigações apontaram que a organização monitorou a promotora responsável pelo caso Marielle e montou uma operação para inocentar Jair Renan Bolsonaro.► A PF investiga ainda se a Abin produziu dossiês envolvendo os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, monitorou Rodrigo Maia enquanto presidia a Câmara e o ministro Camilo Santana quando era governador do Ceará, além de servidores públicos.► A PF afirmou ao Supremo Tribunal Federal que a atual gestão da Abin atrapalhou as investigações e citou “possível conluio” com os investigados. O GLOBO |