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Irineu Machado, do UOL

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) caiu em maus lençóis. A Polícia Federal encontrou indícios de que ele atuou como orientador dos atos antidemocráticos que contestavam os resultados das eleições de 2022. Jordy negou relação com os atos antidemocráticos e disse que nunca estimulou apoiadores a realizarem ações contra o resultado das eleições. No programa Olha Aqui!, o colunista Reinaldo Azevedo diz que o deputado tem o direito de "ter chilique e dar piti".

"Ele não está sendo preso e não é condenação, é um mandado de busca e apreensão de quem se manifestou em defesa dos golpistas. Ele está sendo submetido ao devido processo legal e o mandado de busca e apreensão faz parte do arcabouço de medidas de um processo de investigação", disse Reinaldo. "Se não tem nada mesmo, como ele diz, pode ficar tranquilo. Vivemos em um regime democrático, o estado de direito funciona, o Ministério Público está acompanhando tudo e apenas se executaram as medidas. O deputado vai ter pleníssimo direito de defesa."

Para Tales Faria, configura "batom na cueca" a troca de mensagens que a PF encontrou entre Jordy e um então foragido da Justiça por envolvimento em atos golpistas. Num trecho, o deputado é chamado pelo interlocutor de "meu líder". Tales lembra que Jordy é conhecido no Rio por ser um simpatizante do movimento integralista, de ultradireita e "conhecido inimigo da democracia".

Na narrativa de aliados de Jordy, como Bia Kicis, Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, Jordy foi alvo de uma operação que eles classificaram como "um ataque à democracia".

Nota da Redatora
O senador Rogério Marinho (PL), lider da oposição no Senado, divulgou ontem (18) nota publica assinada por 8 lideres no senado sobre a atuação do ministro Alexandre de Morais, com relação as tomadas de decisões em relação aos atos de 8 de Janeiro.



NOTA PÚBLICA 

"É com grande preocupação que recebemos a notícia de uma ordem de busca e apreensão expedida contra o Deputado Federal Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara dos Deputados. Em primeiro lugar, apoiamos qualquer investigação que tenha por fim apurar graves ilícitos. Contudo, vivemos num Estado de Direito e as investigações devem respeitar o juízo natural, os direitos e garantidas individuais, as prerrogativas do exercício do mandato parlamentar e o devido processo legal. Nosso compromisso com a democracia é inabalável.

Condenamos categoricamente os atos de violência e depredação ocorridos em 08.01.2023. E participamos ativamente do esforço pelo aprofundamento das investigações no âmbito do Parlamento, inclusive de omissões flagrantes de autoridades do governo federal." 

Suspeição 
Para os  parlamentares, a designação do ministro para a relatoria dos processos sobre os atos de 8 de janeiro desvirtua o devido processo legal  e pedem que "o próprio Ministro tome a iniciativa de se declarar suspeito para julgar os atos de 08 de janeiro, com a grandeza de quem, de fato, busca a pacificação do país e está disposto a virar essa lamentável página da história brasileira, cumprindo a lei e agindo na defesa da Constituição. Afinal de contas, conviver com as diferenças é a essência da democracia."

Leia a nota na integra aqui

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