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Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade
Carta aberta à população brasileira


A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) se une às manifestações da Sociedade Brasileira de Imunizações, da Sociedade Brasileira de Infectologia, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), assim como às demais entidades que têm se manifestado contrária à iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM) de abrir uma pesquisa de opinião junto aos médicos brasileiros sobre a vacinação infantil contra a covid-19. 

Trata-se de uma pesquisa com metodologia equivocada por tratar-se de matéria de cunho cientifico, levando portanto a importantes vieses de informação e interpretação, dentre outros, que só colaboram para confundir a população.

Neste sentido, a SBMFC reitera seu respeito e apoio às decisões do Programa Nacional de Imunizações (PNI), pautadas pelas melhores evidências científicas disponíveis, e que, por força do momento foram também respaldadas pelas principais sociedades científicas com afinidade pela matéria.

Vale destacar que a COVID 19 é uma enfermidade passível de prevenção por vacinas, especialmente nas suas formas mais graves. Na atualidade, a Síndrome Respiratória Aguda, internação e morte, estão concentradas nas crianças menores de um ano e entre idosos com mais de 80 anos. 
A COVID19 foi responsável por mais de 5.000 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil em 2023, e a incidência e a mortalidade pela doença na faixa-etária vêm aumentando desde 2022. Grande parte destes eventos poderiam ter sido evitados com a vacinação.

Finalizamos esta carta, repetindo e reiterando as conclusões da Carta Aberta elaborada em conjunto pelas Sociedades de Infectologia e Pediatria (https://infectologia.org.br/2024/01/12/carta-aberta-a-populacao-brasileira/) :

· “A vacinação contra a covid-19 é uma estratégia comprovadamente eficaz e segura para a prevenção da doença, potencialmente fatal em todas as faixas etárias, inclusive entre crianças.A incorporação de vacinas ao Sistema Único de Saúde (SUS) é atribuição do Programa Nacional de Imunizações (PNI), cujas decisões têm como fundamentos sólidas evidências científicas.
Todas as questões relacionadas à eficácia, segurança e importância da inclusão da vacina contra a covid-19 no calendário infantil foram amplamente discutidas entre o PNI e os diversos especialistas que fazem parte do Comitê Assessor em Imunizações (CTAI). O parecer favorável à incorporação foi unânime.
A SBIm entende que a pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) não trará nenhum benefício à sociedade, uma vez que — ao equiparar crenças pessoais à ciência — pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação”




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