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Fotos: Jaqueline Barbosa
                        Cinquenta crianças participaram da atividade

Brayan Rauan Martins Melo tem 10 anos é aluno da Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, zona rural do município de Alto do Rodrigues, no Rio Grande do Norte. O estudante nunca havia plantado uma muda nativa.

Nesta quarta-feira (24), este cenário mudou, o estudante junto a outras 50 crianças participaram de uma ação de reflorestamento, em celebração ao Dia Nacional da Caatinga, comemorado no próximo dia 28 de abril. 

A atividade, que conta com a parceria da Petrobras, aconteceu na área de reserva legal do Assentamento Professor Maurício de Oliveira, em Assú/RN.

"Gostei de estar aqui na natureza, neste lugar maravilhoso e conhecer essas pessoas e as plantinhas", disse Brayan.

Quem também ficou encantado com a aula em campo foi o estudante Leanderson da Silva Brito, 10 anos. "É muito bom estar aprendendo a plantar e a preservar a natureza, no quintal da minha casa temos um mangueira e na escola um coqueiro", afirmou orgulhoso.

A educação tem sido um forte aliado para a conscientização da preservação ao meio ambiente. O Projeto Vale Sustentável, executado pela Associação Norte-Rio-Grandense de Engenheiros Agrônomos - ANEA/RN, tem buscado incentivar as práticas de sustentabilidade desde a primeira infância.

Além do plantio das 100 mudas, a expedição de alunos, professores e equipe do projeto visitaram o meliponário de abelhas nativas implantado em novembro de 2021 na sede do Assentamento Professor Maurício de Oliveira, em Assú/RN. O técnico agrícola, Luciano Bezerra, explanou sobre a função das abelhas no Bioma Caatinga e a sobrevivência da vida humana no planeta.

"Estima-se que existem 177 espécies de abelhas nativas no Bioma Caatinga, sendo a mais comum a jandaíra, apelidada carinhosamente de rainha do sertão. A principal função delas é a polinização das flores, processo essencial para o equilíbrio do ecossistema. Além disso, desempenha papel importante na indústria, fomentando a economia", ressaltou.

Desde 2013, o projeto tem atuado no reflorestamento de áreas degradadas, até 2022 foram restauradas 290 hectares com espécies nativas do Bioma Caatinga como aroeira, angico, baraúna, ipê, jurema, sabia, umburana e outras. No Rio Grande do Norte, 97,6% do território está suscetível à desertificação.

Também na quarta-feira (24), em alusão ao Dia Nacional da Caatinga, a equipe ministrou a palestra "Bioma Caatinga: Os impactos ambientais e estratégias de restauração", para 60 adolescentes da Escola Estadual Alcides Wanderley, em Carnaubais/RN.

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