Dados Economicos
De junho de 2023 a junho de 2024, os brasileiros já gastaram R$ 68 bilhões em jogos
Risco para 25 milhões de brasileiros
O que gera lucros exorbitantes para alguns, traz a ruína para milhões de pessoas, o que pode ser comprovado pelos resultados de pesquisas recentes. Cerca de 25 milhões de brasileiros, quase 10% da população, estão mergulhados nos cassinos virtuais, que operam fora do país. Entre eles, 86% carregam algum tipo de dívida, e 64% tiveram o nome negativado, conforme levantamento do Instituto Locomotiva.
Outra pesquisa confirma que a parte do orçamento familiar que deveria cobrir necessidades básicas está indo para as bets. Cerca de 23% responderam que já deixaram de comprar roupas, 19% deixaram de fazer supermercados, 14% pararam de comprar produtos de higiene e beleza, e 11%, de gastar com saúde e medicações devido às apostas, segundo indicadores do estudo “Efeito das apostas esportivas no varejo brasileiro”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e pela AGP Pesquisas, publicado pelo site Estadão dia 19/06/24.
Mesmo diante do comprometimento da renda, a compulsão pelo jogo fala mais alto para 49% dos entrevistados que disseram ter aumentado a frequência das apostas em 2024, contra 35% que diminuíram, diz a pesquisa.
Dados alarmantes divulgados
A tendencia também foi observada em pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), confirmando os impactos negativos, na economia do país e no orçamento das famílias, dos jogos de apostas online sem regulação.
O levantamento mostrou que mais de 1,3 milhão de brasileiros ficaram inadimplentes no primeiro semestre de 2024 devido a apostas em cassinos online, boa parte utilizando o cartão de crédito de forma descontrolada.
De junho de 2023 a junho de 2024, os brasileiros já gastaram R$ 68 bilhões em jogos, o que corresponde a 0,62% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. As perdas decorrentes das apostas somam em torno de R$ 24 bilhões.
Diante desse cenário, a CNC revisou para baixo a projeção de crescimento do setor varejista em 2024, de 2,2% para 2,1%. A queda é reflexo do impacto negativo decorrente do aumento desenfreado das apostas on-line, que tem comprometido a renda das famílias ao destinar, para jogos de azar, orçamento que seria para compras de alimentos, produtos de higiene pessoal, vestuário etc.
O crescimento do volume de apostas está diretamente ligado à perda de poder de compra das famílias, o que afeta toda a economia e o desenvolvimento do país”, alertou o vice-presidente financeiro da CNC, Leandro Domingos Teixeira Pinto em publicação do site Portal do Comércio.
A pesquisa da CNC trouxe mais dados alarmantes.
De junho de 2023 a junho de 2024, os brasileiros já gastaram R$ 68 bilhões em jogos, o que corresponde a 0,62% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. As perdas decorrentes das apostas somam em torno de R$ 24 bilhões.
Diante desse cenário, a CNC revisou para baixo a projeção de crescimento do setor varejista em 2024, de 2,2% para 2,1%. A queda é reflexo do impacto negativo decorrente do aumento desenfreado das apostas on-line, que tem comprometido a renda das famílias ao destinar, para jogos de azar, orçamento que seria para compras de alimentos, produtos de higiene pessoal, vestuário etc.
O crescimento do volume de apostas está diretamente ligado à perda de poder de compra das famílias, o que afeta toda a economia e o desenvolvimento do país”, alertou o vice-presidente financeiro da CNC, Leandro Domingos Teixeira Pinto em publicação do site Portal do Comércio.
A pesquisa da CNC trouxe mais dados alarmantes.
Cerca de 22% da renda disponível das famílias brasileiras foi consumida em apostas no último ano, o que gera o aumento da inadimplência. Na avaliação do economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, as consequências econômicas e sociais do jogo sem controle afeta especialmente as classes mais vulneráveis. Muitos são beneficiários de programas sociais e chefes de família.
“Isso pode agravar ainda mais o ciclo de pobreza e desigualdade, já que muitos estão utilizando recursos essenciais para apostar”, reforça Tavares, ao afirmar que o público jovem e de baixa renda é o mais impactado.”
As apostas, que inicialmente parecem uma forma de entretenimento, acabam comprometendo uma parte considerável do orçamento, resultando na inadimplência e na redução do consumo de bens essenciais”, afirmou o economista ao Portal do Comércio.
“Isso pode agravar ainda mais o ciclo de pobreza e desigualdade, já que muitos estão utilizando recursos essenciais para apostar”, reforça Tavares, ao afirmar que o público jovem e de baixa renda é o mais impactado.”
As apostas, que inicialmente parecem uma forma de entretenimento, acabam comprometendo uma parte considerável do orçamento, resultando na inadimplência e na redução do consumo de bens essenciais”, afirmou o economista ao Portal do Comércio.