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Contraproducente

É bom avisar aos fanáticos que bradam contra o ministro Alexandre de Moraes, que vão dar com os burros (com o perdão do trocadilho) n'água. Nem seria preciso mostrar o ilustrado currículo do ministro, mas vejamos um pouco. Formado nas Arcadas do Largo S. Francisco, Academia onde também ganhou o título de doutor em Direito; obteve o 1º lugar no concurso de ingresso no MP/SP, tendo chegado ao cargo de procurador de Justiça; foi o mais jovem secretário de Justiça de SP, depois conselheiro do CNJ; foi também secretário de Transportes da maior cidade da América Latina; e, mais tarde, aí onde queremos chegar, foi secretário de Segurança de SP e ministro da Justiça. Com esse currículo, a horda bolsonarista acha mesmo que irá intimidá-lo? Caso não tenha dado para entender, o homem é forjado no bom combate. E, nestes casos, os desafios e adversidades alimentam a alma.

Mexendo com fogo

Se formos pegar um a um os ministros que integram o Supremo Tribunal Federal, iremos encontrar em cada um deles este mesmo liame: trabalho honrado e dedicação extremada. Embora diferentes, os ministros provêm do caldo comum que os criou, e todos foram alçados ao sobranceiro do Judiciário por suas próprias qualidades. Por isso, afirmamos categoricamente, nenhum deles se intimidará com gritos ou ameaças. É da natureza deles combater as injustiças.

Causa e efeito

Iremos assistir, nas próximas semanas, a um circunstancial aumento na popularidade do presidente da República. Diz-se circunstancial porque ele será fruto dos R$ 600 que estão sendo dados a mais de 40 milhões de almas. É preciso que isso fique bem claro, não se podendo creditar a um real "apoio popular", sobretudo concordância com os despautérios. O perigo, no caso, é o próprio presidente cair na fantasia de que é amado, e que tem o povo a seu lado, para fazer o que quiser.

Militarismo

"Os militares estão ao meu lado", disse ontem o presidente da República, em evidente tom de ameaça. Estão mesmo? Quer dizer que os militares apoiam um indisciplinado que foi para a reserva para não perder o soldo? Quer dizer que os militares, patriotas por excelência, estão com um presidente que desfila diante do palácio com bandeiras de Israel e dos EUA? Seria bom que os militares revissem seus conceitos, e olhassem o tamanho do buraco em que estão se metendo.

Militares

Aliás, o bom nome das Forças Armadas já está tisnado nessa pandemia. Com efeito, os militares vão ao Haiti, à África, aos confins do mundo para lutar e ajudar. Mas no Amazonas, que está enfrentando um clima de guerra por conta do coronavírus, eles estão aquartelados. Cadê as Forças Armadas para ajudar? E justo naquela região, onde está o Comando Militar do Amazonas, cujas raízes datam de quatro séculos atrás. E sabe por que estão quietos e inertes? Estão assim porque o commander-in-chief (oh!) diz que tudo não passa de uma gripezinha. E la nave va...

fonte:Migalhas

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