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O Alzheimer, uma doença neurodegenerativa devastadora, não escolhe idade. Enquanto a maioria associa essa condição à terceira idade, uma forma menos comum, mas igualmente preocupante, é o Alzheimer precoce. Cerca de 3,9 milhões de pessoas em todo o mundo com idades entre 30 e 64 anos vivem com a doença de Alzheimer de início precoce, uma forma de demência na qual os sintomas aparecem antes dos 65 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas. Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população. Esse cenário mostra que a doença caracteriza uma crise global de saúde que deve ser enfrentada.

Marcelo Marinho, neurologista da Hapvida NotreDame Intermédica, explica que alguns dos sintomas do Alzheimer precoce são perda de memória recente, dificuldade de concentração, confusão, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade em encontrar palavras e expressar pensamentos, alterações de personalidade e habilidades cognitivas deterioradas. Para ele, estes sintomas podem ser especialmente devastadores, pois afetam a vida de pessoas ainda em idade ativa e produtiva.

“A causa exata do Alzheimer precoce não é totalmente compreendida, mas fatores genéticos desempenham um papel significativo. Algumas formas hereditárias da doença estão ligadas a mutações genéticas específicas. Além disso, o diagnóstico precoce é fundamental para que os pacientes e suas famílias possam acessar tratamentos, apoio e planejamento adequado”, afirma o médico.

O neurologista da Hapvida NotreDame Intermédica destaca ainda que o tratamento pode incluir medicamentos para ajudar a gerenciar os sintomas e terapias ocupacionais, cognitivas e comportamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. “O Alzheimer é uma doença desafiadora que afeta não apenas os indivíduos diagnosticados, mas também suas redes de apoio. A pesquisa continua na busca por melhores tratamentos e, idealmente, uma cura para essa condição devastadora”, finaliza.

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