A Polícia Federal apontou o ex-presidente Jair Bolsonaro como líder da organização criminosa que planejou golpe de Estado para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022.
A informação faz parte de relatório entregue pela PF ao STF cujo sigilo foi retirado nesta terça (26/11).
O texto indicia o ex-presidente e mais 36 pessoas por três crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa.
"Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito", diz o relatório.
Em outro ponto do documento, a PF descreve o suposto papel de liderança de Bolsonaro sobre a organização.
A BBC News Brasil procurou a defesa do ex-presidente e solicitou um posicionamento, mas nenhuma resposta foi enviada até o momento.
Nesta segunda-feira (25/11), após desembarcar no Aeroporto de Brasília, Bolsonaro falou com a imprensa e negou mais uma vez qualquer participação no plano de golpe. Na ocasião, ele voltou a repetir que "jamais faria algo fora das quatro linhas" da Constituição.
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