O livro "Maroceano", escrito por Marize Castro, será lançado no dia 11 de dezembro (quarta-feira), entre às 18h e 22h, no restaurante Calígula, localizado no Alpendre do Natal Shopping, na Avenida Senador Salgado Filho, 2234, no bairro da Candelária, Natal.
"Maroceano" é uma homenagem às poetas Cecília Meireles, Laura Riding, Mariana Tsvetáieva e Sophia de Mello Breyner Andresen. O posfácio é escrito por Moama Marques, poeta e professora de Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade Federal da Paraíba.
De acordo com Moama Marques, em "Maroceano", a forma de observar(se) é intensificada, motivando todo o percurso do livro. Ele destaca que, além do verbo "observar", o leitor encontrará muitos outros verbos que aproximam a voz lírica de si mesma, como “desnudo-me”, “desvelo-me”, “carrego-me”, “curo-me”, “salvo-me”, e também aqueles que convocam ao outro, como “leva-me”, “peço-lhe”, “recebe-me”. Esse movimento de avanço e recuo manifesta o desafio de evitar o trivial e optar pela profundidade, pela vastidão e pelo mistério, temas já presentes no título e na epígrafe. Nesta, Moama cita o nome significativo de sua linhagem poética, Zila Mamede, através do verso “Oceânica persisto”.
Sobre o título do livro, Moama acrescenta: “ele evoca um sentido e um ritmo que permeiam toda a obra, representando a fluidez das interações que transformam tanto as pessoas quanto as coisas em uma espécie de terceira natureza, que, simultaneamente suave e selvagem, é a única capaz de se tornar corpo-escrita e expressar o que é originário.”
A Autora:
Marize Castro, escreveu Nelly Novaes Coelho no Dicionário Crítico de
Escritoras Brasileiras: “Poeta em tom maior, expert em Comunicação, jornalista,
editora e uma das fortes vozes femininas da poesia brasileira contemporânea, revelou-se em livro, em 1984, quando surpreendeu crítica e público pela força e originalidade de sua palavra”.
Marize Castro também é autora dos livros de poesia Marrons Crepons Marfins (1984), Rito (1993), poço. festim. mosaico (1996), Esperado Ouro (2005), Lábios-espelhos (2009) Habitar Teu Nome (2011), A mesma fome (2016) e Jorro (2020). Sua poesia tem sido traduzida por poetas de outros países. Sobre ela, afirmou Haroldo de Campos: “Em seus versos há algo de fundamental, algo entre o belo e o verum, a verdade em beleza, um cuidado especial com a síntese, um encontro com a poesia”.
O livro é editado pela editora Una.