O Hamas tem um prazo de 72 horas para libertar os reféns ainda sob seu poder, enquanto as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciam uma retirada parcial de suas tropas da Faixa de Gaza. A medida faz parte do acordo de cessar-fogo firmado para encerrar o conflito na região.
Diferente das rodadas anteriores, a libertação dos reféns, prevista para o início da próxima semana, deve ocorrer sem grande exposição midiática. A mudança de postura visa preservar a segurança dos envolvidos e evitar o uso político das imagens.
Apesar do avanço nas negociações, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu foi enfático ao afirmar que o acordo não encerra completamente o conflito. Em declaração feita logo após a assinatura, ele alertou que Israel está pronto para retomar a ofensiva militar caso as exigências do país não sejam atendidas "da maneira mais fácil".
Na véspera da entrada em vigor do acordo, um soldado reservista das FDI foi morto por um atirador de elite do Hamas na Cidade de Gaza, reforçando a tensão ainda presente na região.
Nesta sexta-feira, imagens divulgadas por veículos de imprensa internacionais mostram milhares de civis palestinos retornando ao norte da Faixa de Gaza — um sinal do impacto imediato do cessar-fogo e da esperança por dias mais tranquilos.
Apesar da cautela, o momento marca um possível ponto de virada no conflito e é, sem dúvida, um capítulo histórico a ser lembrado.
