O ministro da economia Fernando Haddad falou há pouco aos jornalistas, no momento que chegava ao ministério, sobre os caminhos que o governo vai tomar após a Medida Provisória do IOF caducar. O texto previa aumento de tributos para compor a arrecadação do governo e não foi votado a tempo para ser implantado.
No início da entrevista, Haddad fez um alerta aos jornalistas para não especularem. Ele disse que coisas oficiais só quando saem do gabinete do Presidente da República. Sobre as medidas que o governo pretende tomar, Haddad disse que "temos tempo, vamos usar para avaliar com cuidado cada alternativa".
O culpado pela derrota na avaliação da MP pelo congresso, na visão de Haddad, é o núcleo econômico do país da avenida Faria Lima, em SP. "Sabemos da movimentação de forças politicas em torno de privilégios". Ele culpou o Governo de SP dizendo que "o governador do estado agiu em detrimento dos interesses nacionais para proteger a Faria Lima". Para ele, as mesmas forças de 2022 que abriram os cofres para reeleger Bolsonaro são as mesmas forças que querem comprometer o orçamento de hoje. "Lula não vai abrir mão do fiscal nem do social", disse.
Haddad disse que nos próximos dias vai apresentar ao presidente vários cenários como opções a serem tomadas.
